sexta-feira, 25 de maio de 2007



A noite cobriu minha alma de solidão e fez silêncio em meu coração. Quero dormir…
Mas o sono não chega…



Fixo o olhar num ponto qualquer e meu coração sobressalta. Estás aqui comigo, inventado nas sombras que se transformam a cada instante… Teu rosto nesta parede sorri para mim… Se os olhos te perderem por um momento, já não te encontro no mesmo lugar mas sim mais além… Danças a volta do meu quarto, giras em meu pensamento… Sinto teu doce abraço e quase não sinto meu corpo… Sou essa outra sombra que te segue de parede em parede, presa na tua magia!



Ouço uma música, que não reconheço. É uma canção suave que me embala docemente… Vem de longe e canta palavras bonitas.
Será tua voz? Reconheço as palavras de encanto, os poemas sussurrados… Sim, eu sei que és tu… Sinto que és tu!



Não sei quanto tempo fiquei assim parada, o olhar fixo nas sombras da noite, embalada pelo cair da chuva. Sonhei acordada, com os sentidos presos num turbilhão de emoções que me deixaram confusa, assustada mas feliz…




Um breve momento, perdido no tempo, entre a realidade e o sonho…



Um instante mágico em que o coração bateu por ti e embalou meu sono descansado….
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector

RockYou PhotoFX - Get Your Own


Eu cheguei tão perto que é quase impossível acreditar.

Houve um momento.

Mesmo tendo acontecido comigo, eu me pergunto se foi mesmo daquela maneira.

Eu hoje precisei sair só e olhar as coisas de um outro jeito. Hoje precisei sair do meu corpo pra ver de outro ângulo o caminho que estava seguindo.

Tem horas que é preciso alguém te sacudir e apontar o que todo mundo já viu. O que está sempre lá. O que não se percebe, ou o que não lembramos.

Mostrar que não importa o que não se esquece, se isso já passou.

Que uma ferida cicatrizada não dói mais.



Hoje eu precisei dar um tempo de mim mesma. E sentar nesse bar, deixando a solidão me lembrar de como um dia tudo já foi diferente.

O maior problema de se estar feliz é que esse sentimento acaba te fazendo achar que tudo

sempre foi assim. A tristeza parece um passado distante, um sonho estranho.

Parece que não foi com você. Parece uma história que alguém contou.

Mas basta um gesto, uma palavra, um ato.

E tudo se perde e se encontra.

Tudo na vida é assim. Uma fração de segundo. Um mísero erro involuntário...

E nem sempre se tem a chance do perdão, do conserto, da mudança.

Eu cheguei tão perto que é difícil acreditar.

Hoje precisei me desligar de tudo e simplesmente ficar aqui por horas. Até perder a noção do tempo e espaço.

Eu precisei me despedir de mim pra me reencontrar.

E voltar a enxergar.

Quem eu fui e quem eu sou.

Às vezes é preciso olhar pra trás.

Mas com cuidado pra não olhar por tempo demais.

Agora eu sei.

quinta-feira, 24 de maio de 2007


RockYou PhotoFX - Get Your Own


Tentei alçar vôo
Mas tenho as asas feridas
Como andorinha triste
Caída e machucada
Nas mãos do predador

Olhe para mim!!
E parta sem dizer adeus
És meu anjo
E anjo viverás para sempre
Em mim...Dentro de mim
És paz...
E em paz estarás...
Na eternidade do meu amor.

Amor omnia vincit..
O amor vence tudo ?
Não foi assim..
Poderia ter sido diferente ?
Poderia ter partido antes que a dor fosse demasiada ?
Não..eu precisava ir até o fim, até o último fio de esperança..
Amar você foi..
Uma escolha pessoal, que fiz por uma revelação da alma.

SEM MAIS PALAVRAS!!!

sexta-feira, 18 de maio de 2007

"Tu eras uma ausência que se demorava; uma despedida pronta a cumprir-se".

(Cecilia Meireles)

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Eu poderia te falar sobre como às vezes penso que a gente poderia ter direito a viver várias possibilidades ao mesmo tempo na vida, e numa dessas a gente se encontraria. Sobre como às vezes eu tenho vontade de te dizer e não digo, tenho vontade de te mostrar e não posso, tenho vontade de ser pra você e não sou. Sobre as pequenas ou grandes coisas que volta e meia me lembram nós você. Poderia falar, ainda, sobre segredos que não contei pra ninguém. Sobre a angústia que me dá às vezes. Sobre quando eu senti culpa, muita culpa. Sobre as noites em que quis ouvir a sua voz.. Ou sobre como dói essa sensação de desencontro..RecadosAnimados.com
RecadosAnimados.com

Às vezes eu me pego sentindo saudade daquilo que não vivemos. É como se eu parasse no tempo, é como se tudo o que aconteceu fosse um filme a que assisti há muito tempo.
Às vezes faz frio, está escuro e eu estou sozinha. Mesmo estando sol. Mesmo com todas essas pessoas aqui em volta.

Eu tenho medo de ser assim pra sempre.

quarta-feira, 16 de maio de 2007


Se você ou alguém me perguntasse se eu te odeio, eu diria: não. Não acredito em ódio, pra mim é mais uma forma de paixão, uma forma que eu não quero. É coisa de quem tem medo de amar, e eu não deixo o medo me dominar. Não que eu nunca sinta medo: eu sinto, muito, o tempo todo. Mas não deixo ele me paralisar nem me deixar ressentida.
O que eu sinto, às vezes, é saudade. Mas isso não quer dizer que eu te queira aqui. Eu não quero. Eu quero aquele que me fez sorrir, que me falava como se eu fosse especial (e eu achava que era), que não precisava falar que estava feliz. E ele não existe mais.

Eu queria poder recortar espaços de tempo e guardá-los num álbum, em que eu só recordasse as melhores coisas, quando bem entendesse. Todo o resto poderia ser descartado, pois faz mal, entristece e estampa olheiras, diante das quais nada é belo, nada é bom. Queria esquecer que eu amei...

Escrevo cartas que você nunca vai ler. Comecei meio que por acaso: certa vez você brigou comigo e contei a um amigo, que me sugeriu escrever. Assim eu me acalmaria e ainda riria de tudo depois que as coisas voltassem ao normal. O fato é que nunca voltaram. Ou talvez estarmos afastados é que fosse o normal. Mas as cartas nunca pararam – ou melhor, eu não parei com elas. Escrevo e deixo perdidas entre os papéis espalhados pela casa. Normalmente são feias, feitas num papel qualquer, com letra preguiçosa, cheias de rasuras: são rascunhos, afinal.
É engraçado que não se esgotem. Talvez sejam repetitivas, não sei. Falam de sentimentos que tentei demonstrar tantas vezes, de mágoas, de pequenas e grandes lembranças, da falta que você me faz. Não me fazem rir e não tenho mais do que me acalmar. Por que ainda escrevo? Acreditaria eu, secretamente, que chegaria o dia de entregá-las, todas, a você? Sonharia com o dia do encontro, o dia em que eu finalmente descobriria que o normal não era estarmos tão longe ?
Você pode não acreditar, mas não tenho essas respostas. Pelo menos não ainda. Sigo tentando não pensar muito, ou pelo menos equilibrar o que penso e o que sinto (mas não sei se consigo). Enquanto isso, escrevo. Apesar disso, escrevo. É minha única certeza. Sempre.

Essas tardes nubladas me fazem pensar que talvez ele pudesse entender o que eu sinto quando olho pra paisagem em tons de cinza. Talvez não, talvez eu só pense isso porque me vem a lembrança das tardes na varanda, o olhar fixo na praia, a sensação estranha que me provocava um misto de encantamento e tristeza – e como são tristes os dias nublados... Nublados eram aqueles dias, todos, em que o doce timbre da voz dele dele já tinha ido embora.
E também são esses, em que eu nada sei sobre ele. Uma paisagem bonita, uma música nova (ou velha, mas pra mim nova), algum medo, cada uma dessas coisas é uma pontada de tristeza por não poder dividir. Mais que isso: não poder nem saber o que ele acha ou sente.
Se alguma coisa pode ser pior do que um olhar sem brilho, é não saber mais quem é ele.

Eu gostaria de ser forte e não me incomodar. Estou triste e não é culpa do da música melancólica que eu não paro de ouvir: é que às vezes o coração ignora o que é certo. Você diria que certo é o que coração quer. Então eu tenho direito de estar magoada? Não preciso ser racional e repetir pra mim mesma que você não tem culpa das minhas expectativas?
Queria poder não esperar nada nem me importar: tudo seria mais fácil. Queria ser imune a você e o seu jeito se expor sem medo e sem limites. Mas não consigo. Assim como não deixo de pensar onde estarão você, seu pensamento e seu destino nessa noite fria e chuvosa e mais cinza que todas as últimas.

Eu sempre estive aqui, esperando, algum dia, uma palavra redentora que fosse, algo que traduzisse um olhar à beira da cumplicidade; esperando sabe-se lá o que vindo de você. Talvez que me desse a mão, algo bobo e aparentemente sem sentido para o mundo, mas não para nós dois. Nós dois. Como eu esperei o dia em que essa expressão, dita por mim, voltasse a ter algum significado . Você era uma espécie adorável de fantasma que não me deixava sozinha. Mas agora era tarde. Havia um mundo inteiro entre nós.

terça-feira, 15 de maio de 2007


DREAMS...

ADORMECI NOS BRAÇOS DA TARDE AINDA MORNA DE SOL.



SONHEI COM VOCÊ, ESCUTEI O RUMOR DE TEUS PASSOS, POUCO A POUCO ME DEBRUCEI NAS CURVAS DO TEMPO NA VOZ DO ADEUS QUE SE PERDEU.



COM PÉS DE PLUMA ANDEI, ANDEI VENDO A NOITE ESCORRER POR ENTRE OS DEDOS NUMA TEIA DE SEDA.



POR ENTRE OS CAMINHOS ME PERDI, A LUZ INCERTA DA LUA ENTRE GOTAS DE SERENO, AO SUSSURAR DO VENTO BAILANDO NOS RAMOS, RECONHECI TEU VULTO NO TÊNUE VÉU QUE PRECEDE A AURORA.



SONHEI AMOR, SONHEI COM VOCÊ AFAGANDO OS OLHOS DA MANHÃ NO MARFIM DE LUAR, NA MELODIA DOS PÁSSAROS, EM CADA RESPINGO DE PRATA NA COROLA DAS FLORES, MESMO ENTRE AS AREIAS, ONDE LEQUES DE RENDA SE DESMANCHAVAM EM FRANJAS DE ESPUMA.



AINDA TARDA O DIA, ACORDO AGORA, QUE PENA... NOS FIOS DO TEMPO BALANÇAM AS HORAS, AGONIZA MINHA FANTASIA.

RockYou PhotoFX - Get Your Own


NOITE DE LUA CHEIA, NUM CÉU DE SAFIRAS, RELEMBRO VOCÊ NA MACIEZ AVELUDADA, NAS HORAS QUE DESLIZAM DEVAGAR.

QUANTAS HISTÓRIAS DE AMOR NA
COR DAS MADRUGADAS, EM QUE SONHEI, PENSEI QUE TALVEZ..

FUI FELIZ, POR MOMENTOS ESQUECI O TEMPO, A VIDA, TUDO ESQUECI, POR SONHOS, VONTADE ESTAR CONTIGO, TANTAS VEZES TE SENTI TÂO PERTO, QUASE PALPÁVEL.


CHORA AUSÊNCIA, CHORA TUA LOUCA FANTASIA, SONHOS DE AMOR, DESFEITOS.

JÁ NÃO ME ESCUTAS, NEM MESMO SABES,MAS BEM SEI O QUANTO TE AMEI.

RESTA MEU CANTO, POEMAS QUE CHORAM, MINHA VOZ QUE TALVEZ CHAMANDO VOCÊ, SOLUÇA NO VENTO.

O amor remove montanhas, disse Jesus.
As montanhas de empecilhos e conduzem você a lindas planícies de rios calmos e de frutas saborosas.
Nunca deixe para depois o amor, as boas palavras e a ajuda que pode dar agora.
Aproveite este momento para iniciar a construção de uma fortaleza interna contra o mal, protegida pelo poderoso farol da sua inteligência.
O amor desce das alturas de Deus e se aloja no seu coração, onde se converte em força incomparável para serenar ânimos, fazer a paz e a alegria em todo lugar.
Use o amor.
Um grão de amor remove uma montanha de ódio.

quinta-feira, 10 de maio de 2007



USANDO AS SETAS

COM QUE ME FERES

EU FORJAREI A AGULHA

COM QUE BORDAREI A TELA

DA MINHA NOITE ESCURA.

NELA TECEREI A ESTRELA QUE ME GUIA

COM MÃOS DE TERNURA!

quinta-feira, 3 de maio de 2007








À ALMA DA MINHA ALMA

"Estou já tão perto de ti que uma sombra soluça"

quarta-feira, 2 de maio de 2007


Tenho uma dor dentro de mim,
Por não te ver…
Por te sentir distante,
Por sentir…
A falta da tua voz,
A falta do teu amparo,
A falta do teu carinho,
A falta da tua presença...

Tenho uma dor dentro de mim,
Por não te ter agora…
Junto a mim…
Tenho uma dor dentro de mim,
Que não passa...
E que o Tempo não cura...