domingo, 23 de maio de 2010

É uma sombra, um guardado íntimo, um sonho uma mistura estranha de sensações. Olhares vazios, medos e lembranças. Era verdade que existiam os anjos, mas na forma que a gente não pensa. São frios. São vivos os anjos, e a vida que a gente leva é cega demais para eles. Eu te encontrei uma noite quando pensava nos anjos, e ousei ir além, ensaiei voar. Chovia, e o ar estava ácido demais para parar por ali, eu já senti e disse que te amava. Batom vermelho na boca, palavras contidas. Mesmo assim, a gente falou... Meia noite é sempre mais fácil dizer, e eu disse sem medo. Agora é tarde, é silêncio, boca crispada, olhar distante, saudade. É vivo, ao menos..